Participamos da edição Outubro, Novembro, Dezembro da revista Visão Saúde, da SINOG, com a contribuição de nossa CFO, Marília Ehl, sobre o panorama do Programa de Acreditação de Operadoras de Planos de Saúde.
Enfatizamos a importância de todas as operadoras serem acreditadas no Programa de Acreditação da ANS (RN 507/2022). Veja o texto:
Processo Demorado, Benefício Duradouros
Marília Ehl Barbosa, CFO da entidade acreditadora A4Quality HealthCare concorda em muitos aspectos com essa visão. Para ela, todas as operadoras deveriam passar pelo programa de acreditação, pois é uma forma de envolver e engajar pessoas para o alcance de melhores resultados em uma organização.
“Além disso, é uma oportunidade de rever todos os processos, identificar e selecionar indicadores relevantes para mensurar o desempenho organizacional. Quando uma empresa passa pelo programa de acreditação, é mandatório que a alta direção participe e acompanhe o desenrolar de todo o processo”, afirma Marília.
Para a especialista, as operadoras odontológicas ainda estão em estágio muito inicial nesse processo, tanto pela data recente de sua inclusão no programa, como pela dificuldade de serem avaliadas em uma metodologia muito voltada para as operadoras médico-hospitalares.
“Com o advento da RN 452, revogada pela RN 507, surgiu a necessidade de testar, avaliar e identificar o estágio em que se encontravam. Só então, foi iniciado um movimento dessas organizações no sentido de entender o normativo e planejar as etapas a serem vencidas para a acreditação. Por esse motivo, entendo que agora teremos maior adesão das operadoras exclusivamente odontológicas”, diz Marília.
Ela frisa que todo o padrão é direcionado para as operadoras de planos médico-hospitalares, dificultando, sobremaneira, a compreensão de alguns itens e também de como comprovar, por meio de registros e evidências, a prática desenvolvida, pois a maior parte dos termos e exemplos dados no padrão são voltados para o segmento médico-hospitalar, dificultando a aderência
das operadoras exclusivamente odontológicas. Segundo avaliação de Marilia, são aplicáveis a essas operadoras apenas 134 itens, dentre os 169 presentes na resolução normativa.
Para apoiar as operadoras interessadas no processo, a A4Quality HealthCare realiza pré-avaliações, em que auditores verificam as práticas, os documentos e os registros das operadoras
com o intuito de estabelecer o estágio atual de aderência ao programa. Isso ajuda profissionais e gestores a entenderem melhor o que precisa ser feito e em que áreas priorizar os esforços para a acreditação.
“Os primeiros passos a serem dados são conhecer bem a norma, selecionar profissionais da empresa que possam tocar esse projeto internamente, capacitar essas pessoas e fazer uma pré-avaliação para definir em que estágio a empresa se encontra. A partir daí, estabelecer etapas, cronogramas, metas e trabalhar na consecução desses objetivos”, diz Marilia. “Sabemos que é preciso investir tempo, por volta de 2 ou 3 anos, mas o resultado é duradouro e benéfico não somente para as organizações, mas também para os clientes que dependem dessas empresas e para o setor de saúde suplementar, em geral, que contará com operadoras mais eficientes, organizadas, preocupadas com a sustentabilidade e com o bem-estar e saúde da população sob sua responsabilidade”, conclui Marilia.
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